segunda-feira, outubro 24, 2005
O adolescente e o computador.
"Pais temem que Internet possa interferir no desenvolvimento dos filhos"
Leiam aqui e comentem.
Anônimo disse:
vivemos numa revolução informacional na qual perdemos o controle da razão sobrepujada pela dominação de uma carga de cobranças da era moderna adolescente.Quem ñ se sentiu impotente por não conseguir manter um "nâo"? Já disse vários "nâos", mas não os mantive. Existe uma gama de contra-argumentos dispostos a detonar nossos limites de tolerância e ceder é uma alternativa óbvia. E é bom q se desconfie do óbvio. O óbvio é muito fácil...sem ser simples,-ao contrário-.Envereda-se por um caminho largo, livre de culpas...só q os danos são por demais nocivos. Na verdade, qdo digo "livre de culpas" é uma liberdade prazerosa provisória cuja ressaca moral não é curada no "the day after". Agrava-se. Ressalve -se, portanto sua postura de bom pai(mãe) e pulso firme!
Adolescente não ouve o q não quer. Não se vc ceder fácil- o q geralmente fazemos em nome das nossas culpas. Sempre culpas. Q tal nos culparmos menos e agirmos mais sem achar q não é pedagogicamente correto? Vamos ser mais bóias frias? cabras da peste? "passar vista de olho"? Nossos filhos nos vêem como bôbos. E é o q somos. Tolos grandes medíocres acreditando estar fazendo o melhor.
8:34 PM
Elianne disse:
Olá, obrigada pelo comentário tão interessante.
É verdade que muitos pais são tidos como bobos, não têm firmeza com os filhos, temos que ter pulso forte e isto cansa, mais cômodo é ceder, mas as conseqüências virão, mais cedo ou mais tarde.
É preciso entender o por quê das culpas, há razão para tanta culpa? fazemos o que nos é possível, cometemos erros, é humano, pais não são super homens, nem mães mulheres maravilhas, é importante os filhos lidarem com esta realidade. Muitos pais respondem afirmativamente todas as demandas dos filhos, uma hora não será mais possível e vêm os problemas.
11:16 AM
quinta-feira, outubro 20, 2005
O adolescente e a leitura.
Recebi esta pergunta de Ana, gostaria que vocês falassem primeiro depois eu fecho com algo, acrescento.
Ana:
"Tenho um filho de 13 anos, está na sétima série, a professora de português mandou ler " A mão e a luva" de Machado de Assis, ele não consegue ler. Reclama do vocabulário, diz que é tudo diferente. Não sei o que faço, já falei coma Escola, querem estudar a grafia da época, século IXX. Fico me sentindo mal por não ter lido mais para ele quando pequeno, eu criava historinhas, mas estava sempre cansada, trabalhava até de noite, não conseguia nem ler para ele. Agora quer ler só ´História em Quadrinhos. O que a Sra acha?"
Viva disse:
Tem livros que são difíceis mesmo. Até pra quem é acostumado a ler. Claro que o hábito desde pequeno ajuda, mas nunca é tarde pra começar a incentivar. E disciplina também é importante, se o garoto fizer um esforço pra ler este, os próximos livros, mais atuais, parecerão bem mais interessantes. Pelo menos foi assim comigo...
BethS disse...
Leitura é habito.
Se as pessoas da casa gostam de ler, a criança fatalmente gostará de ler. Nunca é tarde pra ler e incentivar a ler.
Acho que algumas escolas não escolhem bem os livros. A Mão e a Luva, mesmo sendo Machado de Assis, é uma linguagem cansativa pra uma criança que não tem o hábito de ler, não é? essa geração está acostumada com a linguagem cortada dos video clips, da MTV e dos quadrinhos. Não vão ter paciencia de pegar um Machado de Assis assim de cara.
A professora poderia ajudar, não tem como você falar na escola? Existem livros de otimos autores pra crianças e adolescentes, livros ilustrados, escritos com letras grandes e texto convidativo. Pras crianças que não tem o habito de ler, é uma mão na roda...
Ah, historias em quadrinhos tambem podem ser muito legais! Eu sou avó, mas não deixo de comprar os meus gibis, viu?
Elianne disse:
Muito bom o comentário de vocês.
Também acho que se conseguir ler este fica tudo mais fácil, mas será que consegue ler?
Acredito que se a leitura é difícil mais difícil ficará se aproximar do livro. Como Beth diz há livros atuais mais sedutores para a garotada, com figuras, por que não? por que tem que ser um livro do século IXX para meninos de 13 anos? Acredito que mais maduros lerão com interesse, mas agora não vejo como um adolescente que passa horas no computador vai se interessar por um romance que se passa naquela época. O adolescente vive o imediatismo, não consegue projetar para o futuro, não entendem, mesmo, porque precisam fazer algo ou estudar para o futuro.
As nossas escolas estão muito atrasadas, difícil fazê-los interessar-se por algo, os professores ganham mal, perdem o interesse, precisam estudar, vivem cansados, dão aulas em várias escolas, muitos não conseguem ser respeitados pelos alunos. Professores precisam se impor precisam ocupar o seu lugar de mestre.
Machado de Assis tem contos mais fáceis, engraçados, acho um equívoco da Escola obrigá-los a ler agora um romance como este.
Há mais coisas para serem ditas, vamos conversando aqui. O. K.?
Obrigada a Viva e Beth pelos comentários.
Tânia disse...
Ana,
Entendo sua dificuldade. Temos referências literárias maravilhosas que não significam muito pros nossos filhos até pela linguagem facilitada e padronizada pela "era" dos "ORKUTS" e etcs.(permissivas por nós!),que nos faz crer que sejamos coniventes com o despropósito anti-padrão só pra nos sentirmos "atualizados" nos desmandos e falta de limites de uma nova geração.
Vão existir novas e novas geraçãoes, mesmo assim, as referências(e conceitos! -mesmo revistos!), não podem e não devem ser despersonalizados simploriamente como uma "plugarização" de um mundo sempre "antenado" em atender a uma demanda de inversão de valores.
É preciso ter cuidado.
segunda-feira, outubro 17, 2005
Bater numa criança. "Projeto palmada"
Esta semana o Prioridade Absoluta da ONG Cia Terramar fala do projeto de lei que proibe castigos físicos em crianças e adolescentes. Pediram alguma coisa sobre o assunto, mandei um pequeno texto, está mais abaixo.
Prioridade Absoluta.
A pauta dos direitos da infância e da adolescência
Rio Grande do Norte - Edição N° 96 - 17/10 à 24/10
Castigo físico contra crianças será considerado ilegal segundo projeto de lei
Castigo físico contra crianças será considerado ilegal segundo projeto de lei
Integrantes da frente parlamentar pela Infância querem que a proposta seja aprovada ainda este mês
O "Projeto Palmada", lei n° 2654/03, é uma iniciativa que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Código Civil garantindo que a criança e o adolescente não sejam submetidos a qualquer forma de violência física. A adoção de castigos, mesmo alegando quaisquer motivos, ainda que pedagógicos, implica necessariamente em dor física. Por causa disto, o texto da lei estabelece que quem pratica algum tipo de castigo físico contra crianças, seja pai, mãe ou professor fica sujeito á medidas educativas.
Qualquer forma de bater em criança e adolescente é punição corporal, e isso é violência. Por isso, os defensores argumentam que a palmada não condiz com a essência de respeito que a criança e o adolescente merece. Com este projeto, espera-se desvincular a consciência social de que a palmada serve como forma de disciplina.
Para a Psicóloga Elianne Abreu bater numa criança, mesmo que seja palmada será sempre um ato autoritário de alguém que está perdendo a autoridade. "Ao bater se cria um elo perverso entre quem bate e quem apanha há um certo prazer nisso o que acabará levando a problemas no futuro", o Conselho Tutelar da Zona Leste não costuma receber muitos casos de espancamento, segundo o conselheiro Cristiano Loia de Melo os casos de espancamento vão direto a delegacia especializada para dar queixa "É muito importante dosar limites entre uma palmada e uma agressão física".
Atualmente, aguarda-se a apresentação do relatório do projeto de lei pela deputada Tête Bezerra (PMDB-MT) para em seguida ser encaminhada a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). A frente parlamentar pela Infância quer que a proposta seja aprovada até outubro.
Equipe da Companhia TerrAmar/
Rede ANDI:
Eugênio Parcelle , Graciêma Carneiro, Ana Emília, Ângela Rodrigues , Ticiane Perdigão
Fale com a gente: ciaterramar@ciaterramar.org.br
Telefone/Fax: 84-3201-0984
Endereço: Rua Francisco Borges 105- Tirol/ Natal-RN
CEP: 59020-270
Bater numa criança, mesmo que seja uma palmada será sempre um ato autoritário de alguém que está perdendo a autoridade.
Algumas pessoas pensam que batendo estão educando, não, batendo estão subjugando o mais fraco, criando um ser hostil, que mais tarde irá bater também. Uma criança precisa ser ouvida, respeitada, e ela só aprenderá a respeitar se for respeitada. Converse, olhe nos olhos, sente com ela sozinha, exponha sua opinião. Não subjugue nem subestime uma criança ou um adolescente. Ao bater se cria um elo perverso entre quem bate e quem apanha, há um certo prazer nisto o que acabará levando a problemas mais sérios no futuro. Algumas vezes crianças que apanham provocam os pais para apanhar mais, isto já se torna um gesto estranho. “Quer apanhar mais?”: diz o pai, ele quer, ele tem prazer em apanhar neste caso. Quantas vezes o pai ou a mãe só se aproxima ou vê o filho na hora que bate?
Há também a violência verbal que muitas vezes faz tanto mal quanto a física, ameaças, chantagens, frases ditas que jamais serão esquecidas. Muitas vezes uma língua ferina machuca tanto quanto um tapa ou uma correia até mais.
Algumas crianças ou adolescentes que apanham tornam-se adultos bastante comprometidos psicologicamente.
Conversar, não na hora da raiva, conversar com calma é o melhor sempre. Tanto pais quanto educadores.
terça-feira, outubro 11, 2005
Fantasias sexuais. E agora?
Recebi esta questão :
"FANTASIAS - UM NOVO TEMA ?
Ao final de algum tempo (podem ser anos, não importa), elas acabam surgindo. E em uma certa noite, um dos dois, ainda que tímidamente, solta a pontinha de uma delas... e o outro aceita, incentiva, provoca.
Por que surgem? Qual seu impacto (positivo ou negativo, no "todo" de um relacionamento)? Até onde devem seguir com e em "segurança"? Qual o momento em que devem ser interrompidas ou que seria aconselhável tentar a sua realização? Isto acontece com TODOS os casais? Com a maioria? Apenas com alguns mais liberais e menos preconceituosos, mais "calientes" ou apenas com os mais ou menos "cabeça"?
São elas um sinal que a rotina finalmente penetrou na relação? Serão motivadas pelo surgimento de desejos reais pelo convívio ou atração por terceiras pessoas? Ou serão um recurso do inconsciente na tentativa de "incrementar" ou "salvar" a relação?"
Esta questão não é simples. Este é um ponto delicado e talvez não seja fácil escrever a respeito e ser entendida.
Acredito que a fantasia faz parte da nossa vida sexual, nosso imaginário é repleto de fantasias, conscientes ou não. Vêm de nossas memórias mais arcaicas. Na cama somos muitos, além do casal, as figuras parentais estariam presentes no nosso imaginário.
Num encontro amoroso, seja homoerótico ou hetero, eu acredito que é um encontro acima de tudo sensorial. É preciso olhar, cheirar, tocar, beijar o outro, aquele que está ali, não o outro que está na imaginação, é preciso sentir prazer em ser tocada, beijada por esta pessoa, gostar de tocá-la, beijá-la...sentir prazer, desejar que o outro tenha prazer, e nesta entrega, encontrar o caminho do gozo.
Muitos não sabem tocar no outro, e se entregam ao sexo apressadamente. Mas, se acontecer de alguma fantasia te perseguir, tudo bem, mas que não vire um exercício constante, seria um buraco sem fundo.
Um casal que fantasia com o casal vizinho, por exemplo- este pode ser um jogo amoroso deles- mas se um dia vierem a realizar a fantasia numa relação, será que se sentirão bem quando encontrá-los no elevador no dia seguinte?
Ai está a complicação, fantasiar é uma coisa, levar às vias de fato é outra bem diferente. Mas se este casal só consegue fazer "amor", sexo, imaginando outras figuras entre eles, não sei se não seria a hora de repensar esta relação, afinal as relações amorosas não duram para sempre, sabemos disso.
Há outro tipo de fantasia que é de jogos eróticos entre o casal, fetiches de todo tipo, se não há impedimento de uma das partes, acredito que cada casal deve decidir, um jogo entre quatro paredes que não lesa ninguém, entra quem quer, não é?
Há um livro “O orgasmo múltiplo do homem” da Ed. Objetiva, é muito bom, ele traz este assunto até esgotar, é escrito por médicos e um excelente manual sobre o sexo. Ele fala de orgasmos múltiplos, você não precisa ler em busca de sexo tântrico, apenas como um bom livro sobre sexo.
Tenho certeza que se você se concentrar no sexo, no que está sentindo, descobrir em você o que te dá prazer, não terá problemas com o parceiro. Lembre-se que sexo, mesmo a dois, é narcísico- se você não sente prazer, dificilmente ficará bem com o outro. Algumas vezes é indicado pedir ajuda profissional, entender o porquê de sua dificuldade em sentir prazer.
Eu não vou esgotar estas questões aqui, mas quero deixar este canal aberto para que possamos trocar idéias.
segunda-feira, outubro 10, 2005
Uma mulher extraordinária.
Ao criar este espaço imaginei que apareceriam muitos pais aflitos, é o que mais se ouve por ai, que não dão conta dos filhos, etc e tal, como eu gosto de falar de relacionamentos trouxe o tema, ai recebo o e-mail de T. aflita com o namoro da filha.
Minha resposta a questão dela trouxe a tona o sofrimento desta mulher corajosa e forte, leiam:
"Drª, agradeço a atenção e o carinho.
Sobre mim: 39 anos - divorciada há 7.
Nasci numa família pobre (7 irmãos - 5 mulheres) e apesar de entender as dificuldades, não compreendia a "ausência" de meus pais. Aprendi com a vida e com a pouca convivência com minhas irmãs.
Assim foi até os 13 anos. Criei meu mundo (romântico, sensível, e sozinha)- e vivi os piores momentos da minha vida qdo fui seduzida e violentada por um "amigo" da família (homem feito, maduro).
Engravidei...não tive coragem de contar a meus pais, aliás, a ninguém! Morria de vergonha e medo.
Fui embora de casa e sumi por 2 anos. Abortei com a ajuda de "amigos". Não me arrependi!
Quis morrer ou pelo menos chamar a atenção do mundo. Queria q soubessem q eu existia, q sofria...mas ninguém me via...
Trabalhei, estudei(sou Pedagoga),e aos 21 anos me casei com um homem maravilhoso -médico, bem de vida, e q me amava e eu o amava. Parecia conto de fadas! Veio o 1º filho, o 2º (a menina), os ciúmes e as agressões. Vivi pânico!
Lamentavelmente meus filhos foram vítimas dessa violência, pois presenciavam tudo. Não havia mais respeito, amor...nada. Vivi por 10 anos até ter coragem pra denunciá-lo à justiça. Não deu em nada! Só um divórcio conflituoso.
Há 3 anos veio o câncer.Químio, rádio, careca, astênica, anoréxica (e um catéter horroroso acima do peito). Já não era mais aquela linda mulher. Eu era um zumbi, algo pavoroso diante do espelho.Mas sabe de uma coisa? Eu não tinha medo do câncer, eu tinha vergonha por tê-lo.
O que mais me dói é que ainda acho q no mundo existam pessoas boas e assim vou insistindo em procurar. Poderia ser pior, não é? Poderia pensar de forma contrária...
Quanto à minha filha, por mais que eu tente ser amiga - amiga mesmo, sem reservas-, ela se afasta de mim. Nós nos amamos mas estamos bem distantes uma da outra...
O namorado dela? Gosto, confio...aí também reside meus medos, meus anseios..."
O relato de T. nos comove, vem de uma família grande e onde não havia amor o bastante para os filhos, foi violentada, vitima do meio onde cresceu. Fugiu, lutou e sobreviveu.
T. você é uma mulher extraordinária, acredite. Uma menina que passou por tudo que você passou conseguir estudar, vender a pobreza e o medo, é fantástico. Depois veio o casamento, o príncipe que virou sapo, o câncer e você está ai, firme, sobrevivente da dor e da doença.
Sua preocupação com a filha é sinal de cuidado, mas como dizem Beth e Luci, sua filha provavelmente terá um caminho mais fácil porque você soube amá-la. Interessante que fez pedagogia, queria saber mais sobre educação, mesmo inconsciente queria ser uma mãe melhor para seus filhos que sua mãe foi. E você conseguiu, creia.
É um exemplo para todas nós.
Comentários anteriores a esta resposta minha:
BethS disse:
Oh Tania, também fiquei comovida com a sua historia, e se você me permite gostaria de lhe dizer alguma coisinha.
Você é forte e lutadora, superou tudo isso que você escreve - agora ficou tudo pra tras.O cancer é como se tivesse sido a limpeza dos traumas - sossegue, passou, querida.
Seus filhos estão crescidos, voce com certeza foi uma boa mãe. Nossos meninos crescem rápido e chega um momento que precisam tomar as redeas da vida deles. A menina é novinha, mas tb tem a cabeça boa, assim penso.
Eu, se fosse você, relaxava, tudo vai dar certo. Agora é hora de vc se cuidar, fazer coisas alegres e prazeirosas, ser feliz.
Minha avo me ensinou uma coisa, que foi muito importante pra mim - e que passo pra você: na vida da gente é melhor sofrer por amor do que por nunca ter amado.
Beijo grande.
Desculpa se fui "invasiva".
T. disse:
Drª,
Apesar de uma neutropenia persistente e uma retração muscular causada pela radio, estou bem. Continuo sendo assistida por uma equipe médica competente e o prognóstico não é tão ruim.
Acredito q nossos erros e dificuldades só nos transformam em pessoas melhores do q somos. E o q mais quero é "errar menos"...
Não sei se soube amar minha filha como ela precisava. Eu a amo tanto q não mensurei esse amor. Talvez devesse...seria mais responsável...
Vou procurar o melhor caminho...rever conceitos subjacentes... enfim, ir ao encontro dela.
Tânia disse:
Beths,
Suas palavras só me confortaram. Obrigada!
É bom sabermos q existe alguém (ñ importa aonde) q seja solidário, compartilhe nossos sentimentos e nos dê atenção.
Sua avó é muito sábia! Amei sim e fui muito feliz. Ainda sou. Tenho 2 filhos lindos e saudáveis cuja esperança de um dia melhor se renova a cada sorriso deles.
Sou mulher e como tal também quero amar e ser amada novamente.
Não desisti...não desisto.
Beijos,
9:34 AM
Luci disse:
Tânia! Sua história comove, não pelo câncer, mas pela sua força em lutar e tentar, de alguma forma, minimizar os sofrimentos que os filhos possam vir a ter.
Só que a meu ver, não se pode evitar o sofrimento de ninguém, não está em nossas mãos. Os filhos não nos pertencem, são do mundo, do destino.
Entendo a sua preocupação, mas lembre-se de que a sua vida não é a deles e que o destino deles pode ser bem diferente, pois eles têm o seu amor, que pode fazer (e faz, tenho certeza) toda a diferença!
E não desista mesmo!
Estamos aqui para lembrá-la disto!
beijos!
8:05 PM
domingo, outubro 09, 2005
Prostituta aos 83 anos
Dona Josefa conta como se mantém como prostituta aos 83 anos
*Bruno Barreto
*Da Redação
"O Mossoroense"
Uma das notícias que mais chamaram a atenção esta semana na área
policial foi a morte do aposentado João Agostinho de Santana, 70, que
veio a óbito durante ato sexual com a aposentada e prostituta Josefa
Paula da Silva, 83.
O fato despertou a curiosidade de centenas de pessoas que ficaram
interessados em saber como uma mulher dessa idade pode se manter por
tanto tempo em uma profissão na qual a forma física é considerada
importante.
Aposentada como autônoma, dona Josefa falou que o dinheiro ganho na
prostituição é usado para complementar o benefício. "Com a aposentadoria
que a gente ganha fica complicado sobreviver, aí faço os programas para
completar a minha renda, cobro uns dez reais para meus clientes", relatou.
Dona Josefa conta que se mantém nessa função há 60 anos e que nunca se
casou: "Tive três filhos e com 23 anos de idade entrei na vida para
fugir do pai deles e me mantive porque gosto, dá prazer, ganho dinheiro
e por isso nunca quis casar", explica.
A experiente prostituta conta como chegou em Mossoró há 40 anos, oriunda
de Santarém (PA). "Desembarquei primeiro em Fortaleza com uma amiga, aí
ela me falou que em Mossoró era muito bom, então decidi vir, gostei, fui
ficando e estou aqui até hoje", lembrou.
Chegando em Mossoró, ela conta que conheceu logo o Alto do Louvor, que
naquela época vivia o auge como área de prostituição. "Eu e minha amiga
descobrimos logo o Copacabana (considerada a maior casa de prostituição
de Mossoró na época) e fomos para lá onde vários políticos e pessoas
conhecidas da sociedade freqüentavam", disse.
Hoje o local é um ambiente decadente, mas dona Josefa ainda mantém a sua
clientela fiel e garante que até jovens vêm à sua casa procurá-la. "A
maior parte é gente velha, mas tem muito garotão aparecendo por aqui, aí
eu pergunto: com tanta moça nova por aí, o que vocês querem com uma
velha? Aí eles respondem que é porque são as velhas que fazem melhor",
relata aos risos.
*Entrevista/dona Josefa*
OM - Como a senhora se mantém nesse ramo há tanto tempo?
DJ - Olha, estou nisso há tanto tempo primeiro porque gosto; segundo,
porque ainda sinto prazer em fazer sexo e para isso não tem idade.
OM - A senhora trabalhou nesse ramo em uma época em que a Aids não era
temida e em outra em que a doença virou motivo de preocupação, como é
lidar com isso?
DJ - Isso é conversa do povo, se você se prevenir não vai pegar doença
nenhuma, tudo depende do cuidado.
OM - Com 83 anos como a senhora consegue ainda cativar seus clientes?
DJ - Nem sei explicar porque esse pessoal ainda me procura, mas uma
coisa eu garanto: não vou atrás, não faço ponto em esquina, fico em casa
e eles vêm atrás de mim. Quase todos são velhos vindo atrás de diversão,
e eu proporciono isso a eles.
OM - Sobre o caso do senhor que morreu na cama com a senhora, como ficou
a sua cabeça?
DJ - Nem dormi direito essa noite, porque fiquei meio assustada com tudo
que aconteceu, pensei que nem fosse mais conseguir fazer, mas depois que
me levantei tenho certeza de que só deixo essa vida quando morrer.
*Bruno Barreto
*Da Redação
"O Mossoroense"
Uma das notícias que mais chamaram a atenção esta semana na área
policial foi a morte do aposentado João Agostinho de Santana, 70, que
veio a óbito durante ato sexual com a aposentada e prostituta Josefa
Paula da Silva, 83.
O fato despertou a curiosidade de centenas de pessoas que ficaram
interessados em saber como uma mulher dessa idade pode se manter por
tanto tempo em uma profissão na qual a forma física é considerada
importante.
Aposentada como autônoma, dona Josefa falou que o dinheiro ganho na
prostituição é usado para complementar o benefício. "Com a aposentadoria
que a gente ganha fica complicado sobreviver, aí faço os programas para
completar a minha renda, cobro uns dez reais para meus clientes", relatou.
Dona Josefa conta que se mantém nessa função há 60 anos e que nunca se
casou: "Tive três filhos e com 23 anos de idade entrei na vida para
fugir do pai deles e me mantive porque gosto, dá prazer, ganho dinheiro
e por isso nunca quis casar", explica.
A experiente prostituta conta como chegou em Mossoró há 40 anos, oriunda
de Santarém (PA). "Desembarquei primeiro em Fortaleza com uma amiga, aí
ela me falou que em Mossoró era muito bom, então decidi vir, gostei, fui
ficando e estou aqui até hoje", lembrou.
Chegando em Mossoró, ela conta que conheceu logo o Alto do Louvor, que
naquela época vivia o auge como área de prostituição. "Eu e minha amiga
descobrimos logo o Copacabana (considerada a maior casa de prostituição
de Mossoró na época) e fomos para lá onde vários políticos e pessoas
conhecidas da sociedade freqüentavam", disse.
Hoje o local é um ambiente decadente, mas dona Josefa ainda mantém a sua
clientela fiel e garante que até jovens vêm à sua casa procurá-la. "A
maior parte é gente velha, mas tem muito garotão aparecendo por aqui, aí
eu pergunto: com tanta moça nova por aí, o que vocês querem com uma
velha? Aí eles respondem que é porque são as velhas que fazem melhor",
relata aos risos.
*Entrevista/dona Josefa*
OM - Como a senhora se mantém nesse ramo há tanto tempo?
DJ - Olha, estou nisso há tanto tempo primeiro porque gosto; segundo,
porque ainda sinto prazer em fazer sexo e para isso não tem idade.
OM - A senhora trabalhou nesse ramo em uma época em que a Aids não era
temida e em outra em que a doença virou motivo de preocupação, como é
lidar com isso?
DJ - Isso é conversa do povo, se você se prevenir não vai pegar doença
nenhuma, tudo depende do cuidado.
OM - Com 83 anos como a senhora consegue ainda cativar seus clientes?
DJ - Nem sei explicar porque esse pessoal ainda me procura, mas uma
coisa eu garanto: não vou atrás, não faço ponto em esquina, fico em casa
e eles vêm atrás de mim. Quase todos são velhos vindo atrás de diversão,
e eu proporciono isso a eles.
OM - Sobre o caso do senhor que morreu na cama com a senhora, como ficou
a sua cabeça?
DJ - Nem dormi direito essa noite, porque fiquei meio assustada com tudo
que aconteceu, pensei que nem fosse mais conseguir fazer, mas depois que
me levantei tenho certeza de que só deixo essa vida quando morrer.
quarta-feira, outubro 05, 2005
O namoro dos filhos adolescentes I
Recebi esta questão que acredito ser bastante comum entre nós.
Leiam:
"A gente pensa que está preparada pra tudo quando se depara com uma situação aparentemente fácil e simples de se lidar.
Tenho 2 filhos (17 e 15)- casal.
Nunca tive dificuldade em falar sobre sexo com êles, sempre abordando temas atuais e relevantes pra formação de ambos:DST's, gravidez, etc. Só que eu sempre via essa realidade muito distante, e agora, diante dessa realidade palpável, sinto-me perdida e apreensiva - até mesmo impotente!
Minha filha (15 anos) namora um rapaz de 19 e como todos(ou pelo menos quase todos adolescentes), pensa que já sabe tudo. Não Tenho mêdo de alguma possível desilusão dela, o que me angustia é a incapacidade (ou nâo!- tomara!!!) dela em lidar com tais sentimentos e que isso lhe cause conseqüencias desastrosas...
Difícil até escrever...
...imagine viver isso...
(alguma luz?)
T."
Eu gostaria de saber mais de T. Como é sua vida? Vive com marido e filhos? Está separada? Gosto de conhecer o ambiente onde as pessoas vivem antes de dizer algo, saber como vive, até onde este contexto influi no que possa estar sentindo.
Toda vez que surgem conflitos com adolescentes, ou causados por eles, penso no quanto a adolescência é instigante, desafiadora e difícil. É o momento mais rico de nossa existência, idealista, inovador. O adolescente vive em busca de sonhos e desafios, muitas vezes fica difícil viver perto deles por isto.
Como foi a sua adolescência? Você foi um adolescente desafiador? Ou foi quieto, tímido ou mesmo depressivo?
Como era a relação com seus pais? Era tranqüila ou foi difícil. Você tinha medo de seus pais? Respeitava-os ou temia? Podia dizer o que pensava, dialogar? Havia diálogo?
São muitas as perguntas, todas estas questões são importantes quando estamos diante de um adolescente.
Como foi sua iniciação sexual? Com quem foi?
Foi boa, tranquila ou foi traumática? Sentiu prazer com o sexo desde o início ou foi muito difícil sentir prazer? Você sentia-se pronta/o para começar uma vida sexual? Foi casual? Foi com um namorado/a?
Ficaria aqui horas fazendo perguntas. Somos todos complexos, estas perguntas vão nos ajudando a nos descobrir e entender o porquê das nossas inseguranças e angústias.
Voltando ao caso de T. fico pensando que medos a afligem: medo de que a filha venha a sofrer? Será que T. sofreu muito nesta fase? Será que teme que a filha repita “erros” que tenha cometido? Por que tem tanto medo? O namorado da filha não lhe passa segurança?
Acredito que a maioria das mães sentem medo nesta fase, as mães dos meninos, também.
Objetivamente, acho que TEM que levar a filha a um médico/a ginecologista, é o melhor caminho. Se ela quiser ir só, tudo bem, mas ela tem apenas quinze anos, você é responsável por ela, se ela não aceitar sua sugestão, diga-lhe isto e faça com que vá. Ali terá as informações seguras, talvez não se sinta à vontade com a mãe, é natural, não se sinta excluída, isto é natural no adolescente, ele/a precisa se distanciar dos pais, tem vergonha da sexualidade diante dos pais, é normal, os pais também, muitas vezes não aceitam a sexualidade dos filhos, ficam assustados, de repente seu filhinho/a ficou homem/mulher. É tudo tão rápido...
T. diz:
“Não Tenho medo de alguma possível desilusão dela, o que me angustia é a incapacidade (ou não! - tomara!!!) dela em lidar com tais sentimentos e que isso lhe cause conseqüências desastrosas...”
O que teme aqui? Quais seriam as conseqüências desastrosas? Você sofreu muito? Tem medo de que ela também venha a sofrer?
Imagino pela sua aflição que está acuada e impotente, diz isto. Converse com sua filha, mesmo que ela se recuse a conversar deixe espaço para isto, diga algo, diga que está preocupada com ela, que quer vê-la bem, se ela não quiser papo pelo menos vai te ouvir. Amor nunca é demais, ela pode te ignorar no momento, mas em algum momento vai sentir que poderá contar com você.
E boa sorte!
Agora é com vocês, nunca dou a última palavra, escrevi agora, sem deixar o texto amadurecer, pode conter erros, digam. Quero que aqui haja espaço para trocas, para que falem de suas experiências. As mães que já passaram por isto podem contar como foi.
Com a palavra vocês, leitores, e amigos blogueiros.
Leiam:
"A gente pensa que está preparada pra tudo quando se depara com uma situação aparentemente fácil e simples de se lidar.
Tenho 2 filhos (17 e 15)- casal.
Nunca tive dificuldade em falar sobre sexo com êles, sempre abordando temas atuais e relevantes pra formação de ambos:DST's, gravidez, etc. Só que eu sempre via essa realidade muito distante, e agora, diante dessa realidade palpável, sinto-me perdida e apreensiva - até mesmo impotente!
Minha filha (15 anos) namora um rapaz de 19 e como todos(ou pelo menos quase todos adolescentes), pensa que já sabe tudo. Não Tenho mêdo de alguma possível desilusão dela, o que me angustia é a incapacidade (ou nâo!- tomara!!!) dela em lidar com tais sentimentos e que isso lhe cause conseqüencias desastrosas...
Difícil até escrever...
...imagine viver isso...
(alguma luz?)
T."
Eu gostaria de saber mais de T. Como é sua vida? Vive com marido e filhos? Está separada? Gosto de conhecer o ambiente onde as pessoas vivem antes de dizer algo, saber como vive, até onde este contexto influi no que possa estar sentindo.
Toda vez que surgem conflitos com adolescentes, ou causados por eles, penso no quanto a adolescência é instigante, desafiadora e difícil. É o momento mais rico de nossa existência, idealista, inovador. O adolescente vive em busca de sonhos e desafios, muitas vezes fica difícil viver perto deles por isto.
Como foi a sua adolescência? Você foi um adolescente desafiador? Ou foi quieto, tímido ou mesmo depressivo?
Como era a relação com seus pais? Era tranqüila ou foi difícil. Você tinha medo de seus pais? Respeitava-os ou temia? Podia dizer o que pensava, dialogar? Havia diálogo?
São muitas as perguntas, todas estas questões são importantes quando estamos diante de um adolescente.
Como foi sua iniciação sexual? Com quem foi?
Foi boa, tranquila ou foi traumática? Sentiu prazer com o sexo desde o início ou foi muito difícil sentir prazer? Você sentia-se pronta/o para começar uma vida sexual? Foi casual? Foi com um namorado/a?
Ficaria aqui horas fazendo perguntas. Somos todos complexos, estas perguntas vão nos ajudando a nos descobrir e entender o porquê das nossas inseguranças e angústias.
Voltando ao caso de T. fico pensando que medos a afligem: medo de que a filha venha a sofrer? Será que T. sofreu muito nesta fase? Será que teme que a filha repita “erros” que tenha cometido? Por que tem tanto medo? O namorado da filha não lhe passa segurança?
Acredito que a maioria das mães sentem medo nesta fase, as mães dos meninos, também.
Objetivamente, acho que TEM que levar a filha a um médico/a ginecologista, é o melhor caminho. Se ela quiser ir só, tudo bem, mas ela tem apenas quinze anos, você é responsável por ela, se ela não aceitar sua sugestão, diga-lhe isto e faça com que vá. Ali terá as informações seguras, talvez não se sinta à vontade com a mãe, é natural, não se sinta excluída, isto é natural no adolescente, ele/a precisa se distanciar dos pais, tem vergonha da sexualidade diante dos pais, é normal, os pais também, muitas vezes não aceitam a sexualidade dos filhos, ficam assustados, de repente seu filhinho/a ficou homem/mulher. É tudo tão rápido...
T. diz:
“Não Tenho medo de alguma possível desilusão dela, o que me angustia é a incapacidade (ou não! - tomara!!!) dela em lidar com tais sentimentos e que isso lhe cause conseqüências desastrosas...”
O que teme aqui? Quais seriam as conseqüências desastrosas? Você sofreu muito? Tem medo de que ela também venha a sofrer?
Imagino pela sua aflição que está acuada e impotente, diz isto. Converse com sua filha, mesmo que ela se recuse a conversar deixe espaço para isto, diga algo, diga que está preocupada com ela, que quer vê-la bem, se ela não quiser papo pelo menos vai te ouvir. Amor nunca é demais, ela pode te ignorar no momento, mas em algum momento vai sentir que poderá contar com você.
E boa sorte!
Agora é com vocês, nunca dou a última palavra, escrevi agora, sem deixar o texto amadurecer, pode conter erros, digam. Quero que aqui haja espaço para trocas, para que falem de suas experiências. As mães que já passaram por isto podem contar como foi.
Com a palavra vocês, leitores, e amigos blogueiros.
segunda-feira, outubro 03, 2005
Gravidez Precoce, um tema que não se esgota
Gravidez precoce
Há anos, vi um programa de Serginho Grossman com a Sue Johanson lembro que ficou espantada ao saber que as jovens, apesar de informadas, saberem que é preciso se prevenir contra a gravidez, muitas vezes engravidam. Sue ficou pasma quando o Serginho perguntou para a platéia se conheciam alguma jovem adolescente que tenha engravidado e, praticamente, todos conheciam.
O que acontece? Por que nossos jovens, apesar de informados, não usam camisinha ou outro tipo de cuidado?
Vou copiar aqui o trecho de uma palestra que faço para pais de adolescentes, eu escrevo e falo numa linguagem acessível a todos.
Gravidez precoce.
Uma mocinha que engravida aos 13/14 anos, na maior parte das vezes, não acreditava que ficaria grávida.
Vocês se lembram dos seus pais dizendo : “cuidado com a bicicleta” ou cuidado para não cair e você estar certo de que o pai ou a mãe estava exagerando, pois tinha certeza que não ia acontecer nada. Muitas vezes, não aconteceu, mas noutras aconteceu. O mesmo se dá com a gravidez, a jovem não acredita que aquela relação vá levá-la à gravidez, ou pensa que com ela não irá acontecer, este pensamento nós chamamos de mágico, onipotente, só porque pensa não irá acontecer, é assim que o jovem pensa.
O rapaz geralmente não está nem aí, para ele o problema é dela. Ele está errado, porque no caso de uma gravidez, ele também será responsabilizado, mas a sociedade coloca a responsabilidade maior na mulher. Quem não se preveniu foi ela, quem foi leviana foi ela, mas ela não estava fazendo sexo sozinha.
Muitas vezes a moça fica grávida na primeira relação, que é uma relação difícil para os dois, um encontro tenso, cheio de ansiedades. Ele sem querer usar camisinha para não falhar e ela insegura, não quer fazer nada que possa aborrecê-lo, também não quer parecer mais experiente que ele- “viu a safadinha, já sabia usar camisinha...” ou para mostrar que o quer de qualquer forma mesmo correndo risco.
Adolescente gosta de desafios e jogar com a possibilidade de engravidar ou não, pode ser uma jogada inconsciente na sorte ou o desejo de ter uma identidade própria, será mãe. Muitas vezes esta jovem é completamente invisível socialmente, a gravidez dá visibilidade a ela.
Quantos de vocês devem ter tido a primeira relação atrapalhada, apressada, às vezes em lugares improvisados?
Como resolver esta questão? Não é fácil, mas também não é impossível, tudo se resolve.
Quando acontece a gravidez geralmente fica escondida até não poder mais, tentam coisas para abortar, pulam,tomam aspirinas, coisas que as amigas ensinam.
As jovens não têm coragem de falar com os pais o que ocorre, até que fique tão evidente que não há mais como esconder. Então o que os pais devem fazer?
Tentar não se desesperar nem fazer escândalo, tudo tem saída.
Os pais geralmente gritam, esperneiam, até verem que não há outra saída a não ser tentar ser razoável.
Vem a culpa, “a culpa é tua, devia ter falado com ela!” “é tua, sempre distante, não toma conhecimento com os filhos!” e por aí vai...
Não adianta tentar encontrar os culpados, é hora de conversar, o que não foi conversado antes, procurar ajuda de gente mais esclarecida, mais madura e procurar um médico.
O pai do futuro bebê já sabe? Precisa saber, precisa ser responsável também, no caso do seu filho ser o homem, ele precisa assumir a paternidade, ser responsável. Se não se amam é melhor que não oficializem a relação, são muito jovens, terão outras relações amorosas.
Se a moça não quer o filho será necessário o apoio de um psicólogo/a, um médico para orientar.
Os avós serão sempre avós, não devem assumir o neto/a como se fosse seu filho, isto trará problemas futuros, os jovens precisam assumir suas responsabilidades, aos pais cabe ajudar no que for preciso, mas não assumir completamente a criança.
Aceitar as mudanças na vida é fundamental e todo adolescente nos colocará diante de situações novas. As crises são boas para melhorarmos, para crescermos, aproveitem as crises e se renovem.
Como vocês veem, eu não falei em aborto, nem educação sexual, deixo para outro dia.
Aborto é um tema que preciso abordar com cuidado nas palestras, é um tema tabu ainda.
Vocês concordam com o que eu disse no texto acima?
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